O livro que lemos : Fahnrenheit 451








  Lançamos um desafio aos concorrentes do CNL:
                    uma reflexão sobre a sociedade que a obra retrata !

  Eis os textos dos vencedores:


Miguel Cunha, 12º 

O autor remete-nos para uma sociedade futura, onde os bombeiros assumiam o papel da Inquisição: queimavam todos os livros com archotes e querosene.

Nesse mundo futurístico, as pessoas, inconscientemente, submetiam-se à inutilidade e insignificância, consequências de uma rotina programada, básica e a um status quo reduzido. Era com prazeres supérfluos que se desligavam de qualquer vínculo emocional, tornando-se egoístas, formatadas e básicas.

Penso que o autor, subtilmente, consegue satirizar a sociedade atual. Demonstra o valor dos livros, do exercício do espírito crítico e da importância de algo que considero fundamental: parar para pensar!


Pedro Maia, 12ºB

Em Fahrehneit 451, aparentemente, é-nos apresentada uma sociedade em muito diferente daquela em que vivemos. Na realidade de Montag, existe uma censura literária e uma restrição de liberdade de expressão em nada similar ao que se passa nos dias de hoje. Mas, em análise profunda, verificamos que Ray Bradbury nos apresenta um mundo bem mais próximo do que nos pode parecer em primeira instância.

Na minha opinião, o poder dos media é um dos tópicos mais importantes apresentados no livro. No decorrer da história, Mildred assume o papel da sociedade consumista, cega e orgulhosa, que tem como única vontade possuir as melhores marcas para satisfazer o ego e arranjar um sentido para a existência. Nesta perspetiva, já não nos parece tão estranha esta sociedade distrófica: as pessoas regem-se no mundo atual por pequenos estímulos e ilusões, sem dar nunca mostras de inconformismo.

Em conclusão, esta obra, apesar do final trágico, e sem fugir à distrofia, apresenta-nos soluções para o constante sono generalista da atualidade:  pensar, criar novas ideias e não nos contentarmos com ideias predefinidas.




Ana Marinheiro, 10ºA

Nesta obra, Ray Bradbury escreve sobre uma sociedade com características semelhantes àquela  em que vivemos.
Há nela a descrição de uma população agarrada às tecnologias e facilmente influenciada pelo que vê nos écrãs. Uma sociedade repleta de pessoas que vivem fechadas em casa e não apreciam realmente a beleza do mundo que as rodeia. Um mundo em que não há comunicação e onde cada um não pode pensar por si.
Fahrnheit 451 fala-nos principalmente de uma sociedade que não alarga os seus horizontes porque não entende a magia e a importância da leitura.
O autor transmite uma mensagem de grande importância: mostra-nos que devemos questionar a vida de forma a atingirmos a felicidade. Por exemplo, Montag não era realmente feliz enquanto bombeiro; mas só se apercebeu disso quando parou e pensou no propósito da sua profissão. Ensina-nos que, se observarmos os dentes de leão, a chuva, as folhas que caem, as coisas bonitas da vida, seremos pessoas muito mais alegres.
Mostra-nos, por fim, de forma muito marcada, a importância da leitura. Os livros são poços de conhecimento, cheios de relatos de outros mundos e realidades. São como uma fénix, que nos dá asas para voarmos e eu sinto que, sempre que lemos um livro, renascemos para uma vida melhor!

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